Com a nova realidade demográfica e do mercado de trabalho, os brasileiros têm cada vez mais preocupação com a renda na terceira idade. Isso ficou claro na mais recente sondagem da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi, encomendada ao Instituto DataFolha em julho. Entre os interesses crescentes da população estão o seguro de pessoas e a previdência privada. A pesquisa é intitulada “A Percepção dos Brasileiros sobre os Seguros Pessoais e Planos de Previdência”.
Ao serem questionados sobre aposentadoria, os entrevistados mostraram grande disposição em melhorar seu planejamento financeiro. Mas ainda é grande a dependência do INSS: quatro em cada dez entrevistados (42%) contam com esse tipo de aposentadoria. Porém, mais da metade (66%) não sabe o valor de que irá dispor por mês quando parar de trabalhar. Entre aqueles que dizem saber o valor, a média é de R$ 2.006,51.
Falta planejamento para o brasileiro
Entre os entrevistados, 82% desejam planejar suas finanças, mas apenas 58% pensam nisso sempre ou frequentemente e têm objetivos para os próximos 12 meses. Três a cada quatro entrevistados (77%) têm metas de planejamento financeiro, sendo que 31% pensam em poupar, guardar dinheiro e economizar, enquanto 27% em trabalhar mais.
A pesquisa ainda revela que 4% dos brasileiros não gostam ou não conseguem se planejar, pois vivem apenas o presente; 3% alegam falta de informação e de conhecimento para montar um planejamento; e outros 3% afirmaram que “o futuro a Deus pertence”.
Quando os entrevistados foram perguntados sobre quais seriam os desafios e obstáculos encontrados para se planejarem financeiramente, a maioria justificou não guardar dinheiro porque não consegue reduzir as despesas ou ser capaz de gerar renda extra. No entanto, chama atenção a informação de que um a cada três entrevistados (33%) disseram “sempre aparecer uma despesa não prevista”.
Para o presidente da Fenaprevi, Edson Franco, muitas pessoas “não têm como pensar no futuro porque vivem uma situação de dificuldade financeira para assegurar o presente, as necessidades concretas do dia a dia”. Ele aponta ainda que a retomada do emprego e do nível de renda nos últimos meses é positiva para mercado segurador. Isso porque a tendência é que as pessoas possam se planejar para poupar mais e buscar mais proteção à renda.
Interesse nos seguros de pessoas e previdência privada
O nível de inclusão securitária e previdenciária no país ficou mais claro para a Fenaprevi após a sondagem. A pesquisa revelou que cresce a contratação de produtos e serviços desse mercado. Hoje, 46% da população possui algum seguro, seja de saúde, funeral, vida, invalidez, prestamista, doenças graves e/ou plano de previdência privada.
“A gente percebe um maior nível de consciência nas pessoas em relação à necessidade de se precaver frente às adversidades e acredito que isso veio para ficar. Agora, temos trabalhado também para manter esse nível de conscientização e mostrar para a sociedade que tipo de produtos elas têm à disposição para se proteger”, avalia o presidente da Fenaprevi.
A pesquisa é feita em parceria com órgãos públicos para reforçar a educação securitária e previdenciária. Para o mercado segurador, também é útil para o aperfeiçoamento de produtos e serviços e objetiva o melhor treinamento de corretores. “Nosso trabalho traz uma grande oportunidade de prestar um serviço social de, realmente, promover um nível maior de segurança para as famílias brasileiras”, conclui o presidente da Fenaprevi.