O Conec 2023, maior evento do mercado segurador da América Latina, reuniu autoridades do setor no dia 05 de outubro para debater o futuro e os principais desafios que a cadeia vivencia. O primeiro talk show do evento teve como tema “O futuro chegou, e aí?”, que recebeu Dyogo Oliveira (presidente da CNseg), Boris Ber (presidente do Sincor-SP), Alessandro Octaviani (superintendente da Susep), Armando Vergílio (presidente da Fenacor), Rivaldo Leite (presidente do Sindseg SP).
Alessandro Octaviani falou que é possível superar o atual estágio do mercado. Segundo ele, os resultados não estão ruins, pelo contrário, mas a penetração ainda é baixa no Brasil. Apenas 10% da população tem acesso ao seguro. Por isso, esse é o primeiro desafio regulatório do segmento. “Precisamos olhar para frente e ir além. É necessário construir uma política nacional de acesso da população ao seguro. E o corretor é essencial neste processo, pois é o principal canal de distribuição para que o seguro chegue ao segurado”, diz.
Octaviani contou que um relatório global mostrou que o Brasil tem a pior distribuição de renda do mundo, por isso é necessário incentivar o aumento da atual base, por meio de programas sociais. “É preciso propiciar que as parcelas mais baixas da população tenham acesso ao seguro”, reforça.
Qualidade e cobertura
O segundo pilar destacado pelo superintendente é a qualidade do que é ofertado, que está prevista na PLC 29. Já o terceiro é o desenvolvimento de seguro para cada novo risco. “O meu pai sempre dizia que freguês satisfeito, volta no dia seguinte. Essa é a importância do corretor, contribuindo com os grandes investimentos nacionais e colaborando com os desafios regulatórios do país. Dessa maneira, alimentamos mais o mercado de seguros para a sociedade”, fala.
Na oportunidade, Dyogo Oliveira ressaltou que pela primeira vez está vendo o governo olhar para o setor em prol do crescimento. “O objetivo do PDMS é ampliar a participação dos seguros, democratizar o acesso. Por isso, existe a importância de uma ação alinhada nessa direção para chegar na população de menor renda, com a criação de produtos mais simples, já que as diferentes parcelas da população têm demandas diversificadas. Para quem já tem seguro, permitir que haja ampliação. Nesse sentido, qualidade e flexibilização é o que fortalece o mercado. Projetamos um crescimento de 9,4% neste ano”, enaltece.
Oliveira acrescenta a importância do papel do corretor para todos os movimentos que estão sendo destacados. Entre eles a inovação tecnológica, transformações sociais e climáticas. “É necessária a mitigação e a transformação na nossa base econômica para um mundo mais sustentável. O canal do corretor sempre vai estar presente na indústria de seguros. Não inventaram nada melhor para lidar com pessoas que as próprias pessoas”, fala.
Projeção do futuro no mercado
Armando Vergílio evidenciou o aniversário de 35 anos da Constituição Brasileira e o seguro como maior e melhor ferramenta para reduzir a desigualdade social do país. Dessa forma, o presidente da Fenacor lançou um desafio para o setor: dobrar a participação até 2030. “Se somos a oitava economia mundial e estamos em 18o lugar no mercado de seguros, precisamos corrigir isso. Temos um diferencial que é a força de vendas sustentada pela distribuição. Indica ainda o aval do consumidor na consultoria fornecida pelo corretor de seguros”, finaliza.