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Economia

Francisco Galiza analisa o crescimento da participação do seguro no PIB brasileiro

O estudioso mantém uma visão otimista do futuro

Francisco Galiza analisa o crescimento da participação do seguro no PIB brasileiro

A edição 241 do programa Panorama do Seguro trouxe uma análise sobre a evolução do setor de seguros em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, especialmente diante de um cenário marcado por incertezas econômicas e disputas comerciais globais.

Apresentado pelo jornalista Paulo Alexandre, o episódio contou com a participação do consultor Francisco Galiza, especialista em Economia do mercado segurador. Ele apresentou um panorama histórico da participação do setor na economia brasileira ao longo dos últimos 15 anos. Confira aqui na íntegra.

Segundo Galiza, mesmo em um ambiente desafiador, o mercado de seguros registrou avanços expressivos. Em 2009, os prêmios de seguros (excluindo produtos de acumulação como VGBL e previdência, mas incluindo Seguro Saúde) somavam R$ 61,7 bilhões. Já em 2024, esse número saltou para R$ 289,5 bilhões — um crescimento de 369%. No mesmo período, o PIB nominal brasileiro passou de R$ 3,3 trilhões para R$ 11,7 trilhões, um aumento de 252%.

Com base nesses dados, Galiza destacou que a participação dos produtos de risco e seguro saúde no PIB subiu de 1,9% em 2009 para 2,5% em 2024 — uma alta de 33% em termos proporcionais. “É importante registrar o que foi conquistado. Mesmo com todas as incertezas atuais, esse avanço mostra a força e a consolidação do setor”, afirmou.

Crescimento da participação do seguro no PIB (R$ milhões):

Indicadores20092024Variação (%)
Prêmios de Seguros de Risco61.701289.543369%
PIB Nominal3.333.03911.744.709252%
Participação do Seguro no PIB (%)1,9%2,5%33%

Galiza ressalta que esses dados se referem exclusivamente aos seguros de risco e saúde, sem incluir previdência privada ou VGBL. “A tabela mostra apenas duas variáveis principais: o faturamento do seguro em produtos de risco e o PIB nominal. Em 15 anos, a relevância do seguro dentro da economia brasileira aumentou de forma expressiva”, explicou.

Perspectivas para os próximos anos

O consultor também comentou sobre o futuro do setor. Segundo ele, o crescimento do mercado de seguros está diretamente ligado ao desempenho da economia nacional. “Não sabemos ao certo até que ponto essa guerra tarifária pode impactar o crescimento do Brasil. Mas, se o país conseguir manter uma taxa de crescimento do PIB em torno de 2% a 2,5% ao ano, essa participação do setor no PIB tende a aumentar”, avaliou.

Galiza destacou ainda que os 2,5% atuais não representam todo o mercado de seguros. “Estamos considerando aqui apenas os produtos de risco e saúde. Se incluirmos previdência e VGBL, esse percentual é ainda maior. Por isso, mantemos uma visão otimista. Mesmo diante das incertezas, o Brasil segue em sua trajetória de crescimento e, em um horizonte de cinco a dez anos, é possível que essa participação ultrapasse os 3% do PIB”, concluiu.