A Federação Interamericana das Empresas de Seguros (Fides) realiza nesta semana o maior evento do mercado segurador das Américas e Península Ibérica. Até 26 de setembro, os principais nomes do mercado de seguros se reúnem no Rio de Janeiro para debater questões importantes do setor, na Fides Rio 2023. Entre os participantes estão o ex-premier britânico Tony Blair, Luis Alberto Moreno, ex-presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e o economista Paul Krugman (Prêmio Nobel de economia em 2008).
No primeiro dia de evento (25), o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergilio, trouxe uma análise otimista. Para ele, o mercado de seguros no Brasil está com bons ventos a soprar.
Fenacor traz visão otimista
“O Brasil experimentou um quadro de estagnação do mercado segurador nos últimos quatro anos, com participação entre 3,4% e 3,9% do PIB (sem contar Saúde Suplementar) no período, mas, com o natural crescimento e amadurecimento da economia, abre-se também espaço para um aumento significativo do setor nos próximos anos”, afirmou na cerimônia de abertura.
Para ele, o setor pode muito bem dobrar de tamanho até 2030. Além dos novos investimentos que estão sendo realizados de forma privada, há programas governamentais de desenvolvimento, como o novo PAC, no contexto da neoindustrialização. Vergilio acredita que, com desemprego em queda e PIB em crescimento estimado de 3,2% no ano, o momento é bom para aproveitar oportunidades.
Sobretudo por conta do mercado potencial existente em algumas modalidades. Até 2030, seria possível para o setor alcançar participação média na economia nacional equivalente aos países membros da OCDE, que é de 10% do PIB. “Nós podemos, sim, e deveremos dobrar de tamanho nos próximos sete ou oito anos”, garante.
Brasil tem espaço para vender mais seguros
Ele lembra que o Brasil é a 8ª economia mundial, mas somente o 18º mercado de seguros do planeta. Isso porque o consumo per capita de seguros no Brasil é de menos de 300 dólares/ano, bem menor que de outros países grandes como o nosso.
“Tudo isso, que pode não parecer bom, acaba, no nosso caso, sendo uma ótima perspectiva de desenvolvimento para o nosso setor. Ou seja, existe um enorme espaço de crescimento que pode e deve ser convertido em grandes oportunidades”, declarou.
Saiba mais sobre a Fides
A cada dois anos, acontece a Conferência Hemisférica de Seguros, a maior plataforma de informação e networking da indústria de seguros. A Fides é uma entidade sem fins lucrativos que agrega as associações de seguros privados de 20 países. No Brasil, a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) é uma das entidades fundadoras.
Além de lideranças de todo o mundo, entre formadores de opinião, executivos e autoridades, o evento permite saber das tendências e transformações do mercado segurador. As atividades esportivas são outro destaque do evento, incluindo golfe.