As Insurtechs estão vindo aí e bem-recebidas pelo mercado de seguros, que é muito promissor e tem oportunidades de negócios para todo mundo.
Essas seguradoras digitais oferecem, por óbvio, muita tecnologia embarcada na experiência do cliente e do parceiro, uma forma diferenciada de como ofertar e personalizar os produtos, porém perde na agilidade de utilização pois não dão cobertura ate a vistoria ser analisada diferente das seguradoras tradicionais.
A principal diferença entre o modelo de empresas digitais e tradicionais é a experiência. Uma empresa que já nasceu digital disponibiliza ao corretor e ao cliente mais agilidade, praticidade e acesso à informação durante qualquer etapa da venda, mas ainda precisam melhorar o seu atendimento de sinistros.
As seguradoras tradicionais, de uma forma geral, ao longo de sua história se acostumaram a operar em um modelo analógico, com interações por telefone ou email. Já as seguradoras digitais procuram transformar a experiência no mais digital e touchless possível.
A tomada de decisão de risco no modelo digital (o coração de uma seguradora) é feita através de modelos inteligentes. Utilizando a tecnologia dos modelos de risco parametrizados e dados não estruturados essas novas empresas são capazes de ter uma opinião melhor formada sobre os riscos que estão assumindo, e de fazer de forma muito mais rápida a precificação.
Inicialmente essas empresas tentaram entrar no mercado de seguros sem a presença do corretor, e foi quando elas sentiram muita dificuldade de fazer a distribuição. Nós, corretores de seguros, graças a Deus e à nossa atuação séria dedicada, temos um público fiel. Então elas voltaram atrás e mudaram seus canais de distribuição, contando com a ajuda do corretor habilitado.
Hoje, ninguém vê um cenário em que uma empresa possa crescer com qualidade e com soluções personalizadas sem a presença do corretor no processo. A atuação dos profissionais é essencial para despertar as necessidades dos clientes, esclarecer as dúvidas e elaborar soluções sob medida.
As seguradoras digitais têm sido uma boa opção, inicialmente, para clientes de automóvel que trabalham como motoristas de aplicativos, em que o valor do seguro sai acima de 10% do valor do carro. Também para clientes com idade abaixo de 25 anos, cujas cotações se apresentam em valores bem superiores.
Analisando no contexto geral, os valores de seguros tradicionais, onde o segurado já tem um bônus, já tem um histórico com a seguradora, têm ficado igual ou abaixo dessas insurtechs. Então, os clientes não têm ainda sentido confiança total em migrar, quando já se tem um histórico com a seguradora.
E falando em questão de atendimentos, as seguradoras digitais ainda precisam melhorar bastante na questão de sinistro. A contratação com elas é muito fácil, conversar com elas é fácil, só que na parte de sinistro ainda estão muito atrás das seguradoras tradicionais.
Seja uma seguradora tradicional ou digital, é indispensável dispor de um atendimento mais humano para o segurado. Um atendimento humanizado acolhe, entende e, posteriormente, resolve o problema do segurado. A tecnologia não faz isso, ela reduz burocracias para que o corretor consiga focar no relacionamento com o cliente.
Ter empatia e respeito pelo segurado é uma premissa básica para desenvolver um trabalho de longo prazo. Além disso, quando o segurado tem uma experiência encantadora, ele recomenda o corretor que o atendeu para todos os seus amigos próximos.